Um incêndio deflagrou este sábado à noite na zona da Peninha, na serra de Sintra, informou fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Lisboa. As chamas alastraram entretanto ao concelho de Cascais.

Várias casas foram evacuadas na aldeia de Biscaia, Malveira da Serra e Almoinhas Velhas, Figueira do Guincho, Charneca, concelho de Cascais. O Parque de Campismo da Areia também foi evacuado.

Não há registo de vítimas, mas, cerca das 04:00 (hora luxemburguesa) as chamas atingiram habitações em Malveira da Serra. Oito habitação poderão ter sido atingidas, mas o número não é oficial.

As chamas começaram numa zona de mato, na serra.

A zona do convento da Peninha situa-se no perímetro do Parque Natural de Sintra-Cascais.

O incêndio tem duas frentes ativas e lavra nos concelhos de Sintra e Cascais.

Marcelo acompanha evolução do incêndio

Marcelo Rebelo de Sousa chegou aos Paços do Concelho cerca das 00:45 locais para acompanhar, juntamente com o presidente da autarquia, Basílio Horta (PS), a evolução do incêndio que lavra desde sábado à noite na zona da Peninha, em pleno Parque Natural Sintra-Cascais.

O chefe de Estado deixou a câmara cerca de meia-hora depois e mantém-se em contacto com o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras (PSD), uma vez que as chamas evoluíram para a zona da Biscaia.

De acordo com Basílio Horta, o vento apresentava-se como “um verdadeiro vendaval”, levando a “uma progressão brutal que desce a serra e entra na zona da Biscaia”.

O incêndio deflagrou cerca das 22:50 (23:50 no Luxemburgo) de sábado na serra de Sintra, numa zona de mato, e mobilizava cerca da 01:00 (02:00 da manhã no Luxemburgo) mais de 330 bombeiros, segundo fonte municipal.

Cerca das 05:10 (hora luxemburguesa) eram cerca de 636 operacionais e 185 meios no terreno, de seis entidades diferentes.

 

A zona do convento da Peninha situa-se no perímetro do Parque Natural de Sintra-Cascais.

A principal dificuldade no combate às chamas deve-se ao vento. A área é muito exposta aos ventos marítimos.

Eduardo Cabrita “está em contacto permanente com o comandante nacional” da Autoridade Nacional de Proteção Civil 

O ministro da Administração Interna está a acompanhar o fogo que deflagrou no sábado à noite na zona da Peninha, na serra de Sintra, e que evoluiu para Cascais, onde foram retirados de casa algumas pessoas de habitações isoladas.

Segundo disse à Lusa fonte oficial do Ministério da Administração Interna, Eduardo Cabrita “está em contacto permanente com o comandante nacional” da Autoridade Nacional de Proteção Civil e “falou com o presidente da Câmara de Sintra”.

O ministro também “já falou com o presidente da Câmara de Cascais” e o comandante nacional está a acompanhar a situação na sede da ANPC, em Carnaxide, enquanto as operações no terreno estão a cargo do comandante distrital.

Uma fonte oficial da Câmara de Cascais confirmou à Lusa que foram evacuadas algumas habitações isoladas, na zona da Figueira do Guincho, mas apenas como medida de precaução.

Segundo fonte da Polícia Municipal de Sintra, foram retiradas para a zona da Malveira da Serra “cerca de 40 pessoas” de algumas habitações de localidades do concelho de Cascais, nomeadamente de Figueira do Guincho, Almoinhas Velhas e Biscaia.

Rajadas de vento de 100 km/hora preocupam autoridades que combatem fogo em Cascais

Rajadas de vento que atingem a velocidade de 100 quilómetros por hora preocupam as autoridades que combatem as chamas do grande incêndio que se aproxima da Malveira da Serra.

O oficial de operações da Proteção Civil, Paulo Santos, admitiu à agência Lusa que possam ter existido algumas casas afetadas pelo fogo, mas disse não dispor ainda de dados concretos.

Questionado sobre se haveria algum risco para a povoação de Malveira da Serra, Paulo Santos disse que “neste momento não”.

O fogo queima mato nos concelhos de Sintra e Cascais está a avançar para sul tendo obrigado já à evacuação das localidades de Almoínhas, Figueira do Guincho, Biscaia e ainda o Parque de Campismo da Areia.

Os residentes dessas casas estão a ser transportados para a Malveira da Serra, disse à Lusa o oficial de operações da Proteção Civil, Paulo Santos, em declarações à Lusa.

“O incêndio avança para sul influenciado pelo vento, fortíssimo, tendo duas frentes, uma em direção ao Guincho e outra virada para a Malveira da Serra”, acrescentou.

O vento que é muito forte na zona “está a condicionar trabalho dos mais de 500 homens que combatem o fogo no terreno”, explicou Paulo Santos.

As autoridades tiveram de evacuar o parque de Campismo da Areia. As pessoas deste parque foram transportadas para o Pavilhão Dramático de Cascais.

A prioridade dos bombeiros é proteger as pessoas e bens havendo algumas casas dispersas.

[Notícia publicada às 02:30. Última atualização às 05:00]

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