O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. FOTO: MIGUEL FIGUEIREDO LOPES / PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA / LUSA
EM ACTUALIZAÇÃO

O Presidente da República defendeu hoje que o estado de emergência e o actual confinamento geral devem manter-se “março fora”, sem “sinais errados para a Páscoa”, para evitar um retrocesso na contenção da covid-19 em Portugal.

“Temos de sair da primavera sem mais um verão e um outono ameaçados. Em vida, saúde, economia, sociedade. Temos de assegurar que a Páscoa, no início de abril, não será causa de mais uns meses de regresso ao que vivemos nestas semanas”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, numa comunicação ao país, após decretar a renovação do estado de emergência até 01 de março.

O chefe de Estado apontou como metas até à Páscoa, que será no início de abril, reduzir o número de novos casos diários de infecção “para menos de dois mil”, de modo a que “os internamentos e os cuidados intensivos desçam dos mais de cinco mil e mais de oitocentos agora para perto de um quarto desses valores”.

Numa declaração a partir do Palácio de Belém, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa pediu que se procure uma estabilização “duradoura, sustentada, sem altos e baixos”, colocando a propagação do vírus em “números europeus”.

“Temos de manter o estado de emergência e o confinamento, como os aCtuais, por mais quinze dias, e, apontar para prosseguir março fora no mesmo caminho, para não dar sinais errados para a Páscoa”

Sobre o futuro desconfinamento, advertiu: “Temos de, durante essas semanas, ir estudando como, depois da Páscoa, evitar que qualquer abertura seja um novo intervalo entre duas vagas”.

O Presidente da República apelou ainda a uma melhoria do rastreio de pessoas contaminadas com covid-19, “com mais testes, mas sobretudo com mais operacionais”, e a que se tenha presente “o desafio constante da vacinação possível”, considerando que “sem essas peças-chave não haverá um desconfinamento bem sucedido”.

Marcelo rejeita cenários de crises políticas ou governos de salvação nacional

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, rejeitou hoje cenários de crises políticas ou eleitorais ou de formação de governos de salvação nacional, referindo que essas ideias surgem “nalgumas vozes da opinião política”.

Numa declaração ao país, a partir do Palácio de Belém, em Lisboa, após decretar a renovação do estado de emergência em Portugal, o chefe de Estado defendeu que é preciso prolongar o actual confinamento geral durante o mês de março e continuar a apoiar quem foi afectado neste contexto de crise resultante da covid-19.

“Tudo sem crises políticas. Tudo sem cenários de governos de unidade ou salvação nacional. Não se conte comigo para dar o mínimo eco a cenários de crises políticas ou eleitorais. Já nos bastam a crise da saúde e a crise económica e social”, afirmou.

Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que tem de cumprir o mandato que recebeu dos portugueses há cinco anos e que foi renovado nas presidenciais de 24 de janeiro passado, em que foi reeleito: “Vencer as crises, mesmo as mais graves. Não provocar as crises, mesmo as mais sedutoras. E contar sempre, mas sempre com os portugueses”.

Segundo o chefe de Estado, houve recentemente, “nalgumas vozes da opinião política, acenos a governos de salvação nacional”, mas não têm apoio na população em geral.

“Os portugueses compreenderam que o bom senso já aconselhava que provocar, nesta altura, crises políticas, com cenários à margem dos partidos de resultado indesejável em tempo perdido, em terceiras eleições no verão e nada de novo no horizonte, não servia para outra coisa se não para agravar a pandemia, nunca para a abreviar”, sustentou.

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