
O Presidente da República Portuguesa alertou hoje que “há um momento em que a simpatia que de facto há na opinião pública em relação à causa dos professores pode virar-se contra eles“.
Em resposta a perguntas dos jornalistas, no antigo picadeiro real, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa voltou a apelar a um entendimento entre Governo e sindicatos dos professores e manifestou-se preocupado com as consequências deste período prolongado de greves para famílias e alunos.
Interrogado sobre até quando é o que sistema de educação aguenta esta situação, o chefe de Estado respondeu: “Não é um problema de o sistema de educação aguentar, é o problema de ser um ano letivo substancialmente perdido ou não“.
“E é essa é a avaliação que todos têm de fazer, até por isto: há um momento em que a simpatia que de facto há na opinião pública em relação à causa dos professores pode virar-se contra eles“, considerou.
O Presidente da República acrescentou que “como tudo na vida, também nestes processos, que são processos sociais, mas também políticos, há uma avaliação política que Governo de um lado e professores do outro e sindicatos do outro têm de ir fazendo“.
A greve por distritos convocada por oito organizações sindicais [ASPL – Associação Sindical de Professores Licenciados, Fenprof – Federação Nacional dos Professores, Pró-Ordem dos Professores, SEPLEU – Sindicato dos Educadores e Professores Licenciados, SINAPE – Sindicato Nacional dos Profissionais da Educação, SINDEP, SIPE – Sindicato Independente de Professores e Educadores e SPLIU – Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Universidades], continua caso o ministro da Educação não recue nas intenções manifestadas nas reuniões negociais já realizadas, no que se refere à revisão do regime dos concursos de professores, indo ao encontro das posições assumidas pelos docentes em várias iniciativas de abordagem e sondagem sindical.
ND com Lusa
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