

As projeções dos resultados eleitorais divulgadas hoje por RTP, SIC e TVI dão a vitória ao PS nas eleições legislativas, com entre 34% e 40% dos votos, seguindo-se o PSD, com entre 24,2% e 31%.
Segundo as projeções de resultados que as televisões divulgaram pelas 20:00 (21:00, no Luxemburgo), após o encerramento das urnas nos Açores, quatro partidos poderão pela primeira vez ter representação parlamentar: Iniciativa Liberal, Chega, Livre e Aliança.
Cristas assume derrota e anuncia saída da liderança do CDS-PP
A líder do CDS-PP, Assunção Cristas, assumiu a derrota do seu partido nas legislativas de hoje e anunciou que não se recandidatará no próximo congresso extraordinário, que pediu para ser convocado em breve.
“Assumimos o resultado com humildade democrática”, afirmou Cristas, rodeada pela sua direção na sede nacional do partido, em Lisboa, numa curta declaração aos jornalistas de pouco mais de 01:30.

A presidente do CDS afirmou que pediu a antecipação do congresso nacional, estatutariamente previsto para março de 2020, que vai ser convocado pelo conselho nacional em data a anunciar.
Assunção Cristas afirmou que deu o seu melhor ao longo de quatro anos e que, perante o resultado das eleições de hoje, optou por demitir-se e não se recandidatar no próximo congresso.
“Tomei a decisão de não me recandidatar”, acrescentou a líder dos centristas, que começou por “felicitar o PS” e “desejar a António Costa sucessos nos destinos” do país.
Numa declaração sem perguntas dos jornalistas, não esclareceu se iria, por exemplo, assumir o seu lugar de deputada.
Vice-presidente do PSD reconhece e saúda vitória do PS com base nas projeções
O vice-presidente do PSD David Justino saudou hoje o Partido Socialista pela vitória nas eleições legislativas, com base nas várias projeções televisivas.
“Quero começar por saudar o PS pela vitória que estas projeções anunciam”, afirmou David Justino, numa declaração de três minutos aos jornalistas, sem direito a perguntas, apenas vinte minutos depois de conhecidas as projeções.
Ainda assim, o dirigente social-democrata deixou um conselho: “Gostaria de chamar a atenção que o excesso de triunfalismo poderá ser pouco avisado”.
A declaração foi saudada no final com palmas e alguns gritos “PSD, PSD” pelas poucas dezenas de apoiantes na sala onde está concentrada a comunicação social.
Manuela Ferreira Leite defende continuidade de Rui Rio à frente do PSD
A antiga líder do PSD Manuela Ferreira Leite defende que Rui Rio deve continuar à frente do partido, considerando que este está numa “trajetória ascendente” e que impediu uma maioria absoluta do PS.
Manuela Ferreira Leite comentava na edição especial da TVI sobre as legislativas as previsões deste canal que apontam para 24,6% a 28,6% dos votos para o PSD.
Um resultado que, para a ex-presidente do PSD, representa uma evolução em relação ao último ato legislativo, as eleições autárquicas de 2017, nas quais o PSD “não andou longe dos 20%”.
Os partidos “têm altos e baixos, momentos ascendentes e descendentes”.
Para Manuela Ferreira Leite, Rui Rio não deve sair do partido, mas manter-se, até porque “está num sentido ascendente”.
PAN diz que objetivo está alcançado
A número dois da lista do PAN por Lisboa, Inês Sousa Real, afirmou hoje que o grande objetivo do partido “está alcançado”, com a eleição de mais do que um deputado e consequente possibilidade de criar um grupo parlamentar.
“O nosso grande objetivo está alcançado. O PAN será certamente capaz de alcançar um grupo parlamentar, duplicando assim a sua representação”, afirmou a número dois da lista do PAN por Lisboa e porta-voz do partido para a noite eleitoral, Inês Sousa Real, que reagia às projeções das televisões sobre os resultados das legislativas.
De acordo com as projeções hoje divulgadas pelas televisões RTP, TVI e SIC, o PAN pode eleger entre 2 e 6 deputados.
Até agora o partido tinha apenas um deputado, André Silva, eleito em 2015, pelo círculo de Lisboa, sendo que uma força política só pode constituir um grupo parlamentar se tiver pelo menos dois deputados.
“Vislumbra-se também a entrada de novas forças políticas na Assembleia da República, o que é muito saudável para a democracia. Isso aconteceu também há quatro anos e o PAN não pode deixar de felicitar as novas forças políticas que estão na iminência de eleger pelo menos um deputado”, disse Inês Sousa Real, que falava no Museu da Cidade, em Lisboa, onde o PAN acompanha a evolução dos resultados eleitorais.
Durante a pequena intervenção, a número dois da lista por Lisboa do partido cumprimentou ainda o PS, “pela vitória que se avizinha”.
Questionada sobre a possibilidade de um acordo com o PS, Inês Sousa Real realçou que o partido já afirmou ao longo da campanha a sua posição relativamente à integração ou não numa coligação (o porta-voz do PAN, André Silva, referiu que isso não estava nos planos do partido).
“O PAN está disponível para continuar a dialogar, tal como até aqui tem sido feito, para contribuir para o processo democrático. No demais, vamos aguardar tranquilamente o resto dos resultados desta noite, que certamente nos trarão ainda algumas surpresas”, acrescentou.
“BE confirma-se como terceira força política nacional” – Jorge Costa
O dirigente bloquista Jorge Costa afirmou hoje que o BE se confirma “como a terceira força política”, uma “enorme responsabilidade” que assume por inteiro, numas legislativas ganhas pelo PS e nas quais a direita terá uma “derrota histórica”.
Numa primeira reação no quartel-general do Bloco de Esquerda, Jorge Costa deixou claro que as projeções conhecidas “são ainda muito iniciais, com grandes intervalos” e não permitem ainda “tirar qualquer conclusão” sobre as relação de forças entre o partido de governo e os restantes partidos.
“O Bloco de Esquerda confirma-se como terceira força política nacional, uma enorme responsabilidade que assumimos inteiramente”, destacou o também diretor de campanha.
As outras duas conclusões retiradas pelo dirigente bloquista é que o “PS ganhou as eleições claramente” e, portanto, “formará governo”, enquanto a direita sofreu uma “derrota histórica”.
(Notícia em actualização)
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