
Celebrou-se no passado dia 10 de outubro de 2022 o Dia Mundial da Saúde Mental. E, como não poderia deixar de ser, o tema escolhido para a Saúde Mental é “o impacto das condições de trabalho”.
A saúde ocupacional tem evoluído e ganho terreno nos estudos desenvolvidos no âmbito da epidemiologia e da demografia do trabalho, manifestando uma busca sobre a complexidade da análise das relações entre o trabalho e a saúde, nomeadamente, ao nível do impacto das condições de trabalho (Barros, 2019).
Efetivamente, os efeitos das condições de trabalho na saúde física e mental e no bem-estar subjetivo são, portanto, pouco transparentes e apesar das evidências estatísticas confirmarem que uma grande parte da população ativa está vulnerável a constrangimentos no trabalho fortes o suficiente para provocar problemas de saúde, dor e sofrimento, os estudos científicos neste domínio permanecem escassos para a sua compreensão.
Para tal, estou certo de que cada vez mais a ideia de saúde não se limita à noção de “ausência de doença” e se estar doente é o resultado de um dano concreto, então, o medo, o desconforto, as dores, o cansaço, a ansiedade, as queixas, ou até mesmo “pequenos problemas”, são sinais preocupantes que merecem a nossa atenção, já que poderão estar relacionados com o trabalho.
Se a visão sobre as preocupações com a saúde ocupacional se desenvolverem com base dos efeitos tradicionalmente “chocantes” das condições de trabalho (por exemplo, acidentes de trabalho e/ou doenças profissionais), torna-se particularmente importante integrar todo um conjunto de “pequenos problemas” como referido anteriormente, dado o seu carácter subjetivo da saúde.
Então, as condições de trabalho têm, ou não, impacto nas várias dimensões da saúde?
A resposta é sim. Efetivamente, elas permitem, deste modo, abranger outros problemas ou doenças provocadas pelas más condições de trabalho para além das doenças profissionais oficialmente reconhecidas.
Se queremos mais bem-estar, então a mudança deverá partir da mentalidade referente à noção de “saúde”.
Não se esqueça, um psicólogo pode ajudar!
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