
Das raízes mais profundas da psicologia positiva de Martin Seligman (2004), os conceitos de forças e virtudes nunca fizeram tão sentido quando aplicados à necessidade de ajudar as pessoas não só a trabalhar os comportamentos problemáticos, mas também ajudá-las a desenvolver o bem-estar.
Evidências científicas demonstram que esta abordagem positiva é cada vez mais integrada a várias terapias e hoje sabemos que o bem-estar está ligada a um conjunto de elementos como, por exemplo, propósito de vida, sentir que se pode fazer diferença para outros, sentir gratidão e a capacidade de apreciar outras pessoas e os pequenos prazeres da vida (Synder & Ingram, 2006).
Concomitantemente, um dos componentes mais importantes do bem-estar é a capacidade de amar e ser amado, de cuidar e ser cuidado.
Portanto, a compaixão também é uma maneira de pensar em melhoras, e isso significa reconhecer os atributos de bem-estar e melhora pessoal que são socialmente contextualizados e responsivos, e, claro, as habilidades (Gilbert, 2020).
Em tempos de “make love not war” (faça amor, não faça guerra) é importante falar da tolerância à felicidade, pois, pode haver grandes medos de felicidade e emoções positivas. Neste sentido, é urgente ter empatia e compreensão relativamente ao bem-estar. Na verdade, estamos a falar sobre aprender a potenciar as nossas forças dentro de uma perspetiva compassiva.
Então, quando as pessoas se sentem tristes ou estão deprimidas, com frequência sentem-se desmoralizadas e desmotivadas para fazer coisas positivas, mesmo que elas saibam que seria para seu próprio benefício. A título de exemplo, aprender a potenciar as nossas forças passa por enfrentar o medo da própria emoção positiva.
Mas, como?
Em primeiro lugar, é importante explicar que existem dois tipos de emoção positiva. De um lado temos algumas pessoas deprimidas que têm um certo tabu em relação ao prazer, nomeadamente, aquelas pessoas que cresceram em ambientes puristas e que acreditam que o prazer é algo mau (este fenómeno está intimamente ligado à memória emocional).
Por outro lado, temos pessoas que acreditam que a felicidade não faz parte da sua vida, ou seja, são sujeitos que manifestam uma identidade que está presa em sofrimento e depressão e não conseguem se imaginar sendo felizes. Inclusive, algumas pessoas adotam uma postura de “vitimização” como uma identidade a exibir para quem quiser escutar.
Os afetos e sentimentos positivos exigem uma certa medida de abertura para os outros, mais confiança nos outros e o reconhecimento de que é possível sobreviver aos altos e baixos de relacionamento.
E já sabe: um psicólogo pode ajudar!
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