Ukrainian President Volodymyr Zelensky and President of the European Commission Ursula von der Leyen shake hands after a joint press conference after talks in Kyiv on February 2, 2023. - The European Commission chief announced she had arrived in Kyiv with a team of commissioners and the bloc's most senior diplomat, a day before a Ukraine-European Union summit in the war-torn country. (Photo by Sergei SUPINSKY / AFP)

O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, afirmou esta quinta-feira (02) que o seu país, invadido pela Rússia em 2022, ganhou o mérito de iniciar conversações “este ano” com vista à entrada na União Europeia (UE).

Acho que a Ucrânia merece iniciar negociações sobre a sua adesão à UE este ano“, disse o chefe de estado ucraniano, na véspera da cimeira de alto nível em Kiev entre as autoridades ucranianas, representadas por Zelensky, e de Bruxelas, com as presenças da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

Von der Leyen garantiu à Ucrânia o total apoio da UE, tendo chegado a Kiev hoje acompanhada por 15 comissários e também pelo chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.

A Comissão classificou a visita como um “símbolo forte” do apoio europeu à Ucrânia “diante da agressão injustificada da Rússia”.

O Conselho da UE adotou ontem o sétimo pacote de assistência militar à Ucrânia, no valor de 500 milhões de euros, e uma verba de 45 milhões para financiar a Missão de Assistência Militar.

Segundo um comunicado do Conselho, o sétimo pacote de assistência às Forças Armadas da Ucrânia, disponibilizado através do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz (MEAP), foi ontem adotado em Bruxelas no âmbito da cimeira entre a UE e a Ucrânia, que decore hoje (03), em Kiev, e eleva o contributo europeu para os 3,6 mil milhões de euros.

Os Estados-membros deram ainda luz verde a uma nova verba de 45 milhões de euros para financiar a Missão de Assistência Militar da UE (UEMAM Ucrânia) e que se destina a “fornecer o equipamento e materiais não letais necessários, bem como os serviços de apoio às atividades de formação”.

Ukrainian President Volodymyr Zelensky and President of the European Commission Ursula von der Leyen shake hands after a joint press conference after talks in Kyiv on February 2, 2023. – The European Commission chief announced she had arrived in Kyiv with a team of commissioners and the bloc’s most senior diplomat, a day before a Ukraine-European Union summit in the war-torn country. (Photo by Sergei SUPINSKY / AFP)

A UE conta também adotar o décimo pacote de sanções à Rússia até 24 de fevereiro, data em que se assinala um ano desde o início da invasão da Ucrânia, anunciou a presidente da Comissão Europeia em Kiev.

Numa conferência de imprensa conjunta com o Presidente ucraniano, por ocasião da reunião entre o colégio da Comissão Europeia e o governo ucraniano hoje celebrada em Kiev, Ursula von der Leyen garantiu que a UE vai continuar a fazer o Presidente russo, Vladimir Putin, pagar pela sua guerra atroz, com a adoção de novas sanções ainda este mês.

Antes de Rússia começar a guerra, alertámos muito claramente sobre os custos económicos enormes que iríamos impor em caso de invasão, e hoje a Rússia está a pagar um preço elevado, à medida que as nossas sanções estão a asfixiar a sua economia”, apontou a presidente do executivo comunitário.

O Parlamento Europeu, por sua vez, aprovou quinta-feira (02) uma deliberação que exorta a União Europeia (UE) a concretizar a adesão da Ucrânia e a avançar com o novo pacote de sanções à Rússia.

O texto foi aprovado com 489 votos a favor, 36 contra e 49 abstenções.

A adesão da Ucrânia à UE alimenta discórdia entre os Estados-membros, mas na cimeira bilateral a Comissão quer alicerçar o compromisso com a integração e mostrar apoio inequívoco perante a Rússia, segundo fonte europeia.

A ambição da Ucrânia é clara: aderir ao bloco comunitário até 2026. Ainda que, do lado da UE, a integração não esteja em causa, o prazo certamente será outro, segundo reforçou hoje fonte europeia durante uma antecipação da cimeira desta sexta-feira em Kiev, capital do país que foi invadido pela Rússia há quase um ano.

HB (IG /ACC) // PDF

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