View of the Pipeline Inspection Gauge (PIG) receiving station, the Nord Stream 2 part of the landfall area in Lubmin on Germany’s Baltic Sea coast, taken on September 21, 2021. - The receiving station is the logistical link between the Nord Stream 2 Pipeline and the European pipeline network. (Photo by John MACDOUGALL / AFP)

A operadora de gasodutos germano-russa Nord Stream 2, com sede no cantão suíço de Zug, entrou com um pedido de falência e todos os 106 funcionários foram demitidos, disse hoje a responsável de economia do cantão, Silvia Thalmann-Gut.

“Fomos informados hoje que esta empresa não poderia continuar […], teve que declarar falência e os funcionários receberam as suas cartas de demissão”, disse Silvia Thalmann-Gut, em entrevista ao canal público de televisão e rádio SRF.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, anunciou, em 22 de fevereiro, que Berlim tomou medidas para interromper o processo de certificação do gasoduto Nord Stream 2, para distribuição de gás natural russo à Alemanha.

Scholz disse aos jornalistas em Berlim que o executivo alemão estava a tomar medidas para responder às acções de Moscovo na Ucrânia.

“Sem essa certificação, o Nord Stream 2 não pode ser colocado em funcionamento”, disse Scholz durante uma conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro irlandês, Micheal Martin, acrescentando que o assunto vai ser “reexaminado” pelo governo alemão.

O processo de certificação da empresa Nord Stream 2 AG como operador de transporte de gás é um requisito alemão que estava ainda por cumprir, apesar de o gasoduto ter entrado em fase de testes de segurança, em outubro.

O gasoduto que liga a Alemanha à Rússia, concluído em setembro do ano passado, tem uma capacidade de transporte de 55 mil milhões de metros cúbicos de gás anualmente, uma extensão de 1.230 quilómetros sob o Mar Báltico, estabelecendo a mesma rota que o Nord Stream 1, a operar desde 2012.

O projecto, detido pela empresa estatal russa de energia Gazprom e financiado por várias empresas de energia, estava projectado para arrancar em 2011 e o funcionamento em 2012, mas só saiu do papel 10 anos depois, devido às ameaças de sanções norte-americanas e às tensões geopolíticas.

O projecto teve um custo total de 9.500 milhões de euros e deveria duplicar a capacidade de exportação de gás da Rússia para a Alemanha.

O ataque da Rússia foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.

MPE/(PSP) // CC

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