Chile's President Gabriel Boric (L) greets Germany's Chancellor Olaf Scholz (R) on arrival at the La Moneda presidential palace in Santiago, on January 29, 2023. - Scholz is on official visit to Chile, part of a Latin America tour that also includes Argentina and Brazil, where Berlin and the EU are seeking a reset following the election of Luiz Inacio Lula da Silva. (Photo by JAVIER TORRES / AFP)

O chanceler alemão, Olaf Scholz, assegurou hoje que a Alemanha não vai enviar aviões de combate para a Ucrânia, numa altura em que Kiev pede ao Ocidente mais armas para conter a invasão russa.

Após várias semanas de hesitação, Berlim decidiu na quarta-feira enviar 14 tanques Leopard 2 de fabrico alemão para a Ucrânia e permitir que outros países europeus forneçam tanques semelhantes a Kiev.

Questionado em entrevista hoje ao jornal Tagesspiegel sobre sua reação a um pedido de Kiev de aviões de combate, Olaf Scholz respondeu: “A questão dos aviões de combate nem sequer se coloca. Só posso desaconselhar entrar numa licitação constante quando se trata de sistemas de armas“.

“Se assim que uma decisão (sobre os tanques) é tomada, um novo debate começar na Alemanha”, sobre outra coisa, “isso não é sério e mina a confiança dos cidadãos nas decisões do governo”, afirmou o chanceler.

A decisão de enviar tanques alemães para a Ucrânia foi acompanhada da decisão dos Estados Unidos de fornecer ao exército ucraniano tanques Abrams de fabrico norte-americano.

Ao agradecer a Berlim e Washington, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu mais, incluindo aviões de combate e mísseis de longo alcance.

Na sua entrevista hoje, Olaf Scholz voltou a alertar contra o “risco de escalada” com Moscovo. “Não há guerra entre a NATO e a Rússia. Não permitiremos tal escalada“, sublinhou.

Segundo o chanceler alemão, é “necessário” continuar o diálogo com o presidente russo, Vladimir Putin, tendo assegurado que vai “falar com Putin ao telefone novamente”, sem especificar um prazo.

O último encontro data do início de dezembro. “Mas é claro que, enquanto a Rússia continuar a travar uma guerra, atacando implacavelmente (a Ucrânia), a situação atual não mudará“, concluiu.

ATR // MCL

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