
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Luxemburgo, Jean Asselborn, condenou este domingo as autoridades russas face ao cenário de detenção de jornalistas e manifestantes durante novas manifestações, ontem, na Rússia, pela libertação do opositor Alexei Navalny.
“Detenções generalizadas e uso de força contra manifestantes pacíficos e jornalistas vão contra os compromissos internacionais da Rússia. O direito de se manifestarem sem medo de repressão deve ser respeitado; cidadãos detidos injustamente devem ser libertados, incluindo Navalny”, escreveu Jean Asselborn na rede social Twitter.
Jean #Asselborn: Widespread detentions and use of force targeting peaceful protesters and journalists go against #Russia’s international commitments. Right to demonstrate without fear of repression must be respected; unjustly detained citizens must be released, including @navalny
— MFA Luxembourg 🇱🇺 (@MFA_Lu) January 31, 2021
A polícia russa deteve este domingo (31) mais de 4.700 pessoas e bloqueou os centros de várias cidades, incluindo a capital, durante novas manifestações no país pela libertação do opositor Alexei Navalny, anunciou a organização não-governamental OVD-Info, citada pela Associated Press.
Navalny, 44 anos, um investigador anticorrupção e o crítico mais conhecido de Putin, foi preso a 17 de janeiro ao regressar da Alemanha, onde passou cinco meses a recuperar-se de uma intoxicação por agente nervoso que atribui ao Kremlin.
Laboratórios na Alemanha, França e Suécia, e testes da Organização para a Proibição de Armas Químicas, estabeleceram que ele foi exposto ao agente nervoso Novichok. As autoridades russas recusaram-se a abrir um inquérito criminal completo, alegando falta de evidências de que ele fora envenenado.
Navalny foi detido imediatamente após o seu regresso à Rússia, no início deste mês, e preso por 30 dias a pedido do serviço de prisão da Rússia, que alegou que ele violou a liberdade condicional.
Na quinta-feira, um tribunal de Moscovo rejeitou o apelo de Navalny para ser libertado, e uma nova audiência na próxima semana pode transformar a sua pena suspensa de três anos e meio numa em que deve cumprir prisão.
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