
Culpado ou inocente? Marco Silva, o único suspeito da morte da portuguesa Ana Lopes, sua ex-companheira, conhece esta terça-feira, 12 de janeiro de 2021, a sua sentença no Tribunal do Luxemburgo.
O imigrante português no Grão-Ducado está em prisão preventiva desde junho de 2017, altura em que foi detido, cerca de 5 meses depois de o bárbaro crime ter sido cometido.
Natural de Viseu, Marco Silva, de 32 anos (celebra 33 em fevereiro), sempre declarou estar inocente, mas, devido aos fortes indícios de ser o autor do crime, está há cerca de três anos e meio detido no Centro Penitenciário de Schrassig, no Luxemburgo.
No passado dia 26 de novembro de 2020, o Ministério Público do Luxemburgo pediu uma pena de prisão perpétua para Marco Silva. Nas alegações finais, o Ministério Público (MP) pediu a pena máxima para o ex-companheiro de Ana Lopes, que sempre refutou as acusações. Já a defesa de Marco Silva pediu a absolvição do seu cliente “por falta de provas”.
O MP sustenta a sua crença nas provas periciais e nas incongruências nos depoimentos das testemunhas.
Um dos momentos “marcantes” do julgamento foi quando o procurador do MP disse Marco Silva matou a ex-companheira “três vezes”: Quando lhe tirou a vida, quando deitou fogo ao carro onde estava a vítima e quando tentou denegrir a imagem de Ana Lopes.
Marco Silva é o único suspeito de ter assassinado e queimado o corpo da ex-companheira, a portuguesa Ana Lopes, natural de Seia, no crime levado a cabo de 15 para 16 de janeiro de 2017, entre o Luxemburgo e França.

O julgamento deste caso mediático começou no dia 10 de março no Tribunal do Luxemburgo, mas foi interrompido apenas quatro dias depois, devido às imposições governamentais relacionadas com a crise pandémica do Covid-19 no Luxemburgo.
Durante as sessões que foram realizadas nesses quatro dias, Marco Silva negou todas as acusações de que foi acusado.
O julgamento retomou no passado dia 10 de Novembro, num total de 12 sessões.
O crime de Ana Lopes em janeiro de 2017 chocou toda a comunidade portuguesa residente no Luxemburgo pela brutalidade dos factos em que terá ocorrido.
A jovem, na altura dos factos com 25 anos de idade, residente em Bonnevoie, desapareceu em 15 de Janeiro de 2017 e o seu corpo foi encontrado, dois dias depois, carbonizado dentro do seu próprio carro.

A viatura foi incendiado numa zona de terra batida e arvoredo em território francês, em Roussy-le-Village, perto da fronteira com o Luxemburgo.
Os testes de ADN ao corpo carbonizado de mulher que se encontrava no interior do veículo confirmaram ser Ana Lopes.
O principal arguido e único suspeito do crime é o ex-companheiro de Ana Lopes, Marco Silva, de 32 anos, pai de um filho em comum, e que foi preso poucas semanas após a morte da mulher.
Paulo Dâmaso // ND // LUX24
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