
A luso-luxemburguesa Mili Fernandes-Tasch foi uma das 46 pessoas que, ontem (20), foram distinguidas pelo Governo luxemburguês no sector da Cultura, no âmbito da Festa Nacional que se assinala na quinta-feira, 23 de junho.
A residir há 55 anos no Luxemburgo, Mili Tasch, 72 anos de idade, natural das Caldas da Rainha, é um nome ilustre ligado à Cultura luxemburguesa e à comunidade portuguesa. Foi condecorada com a Ordem da Coroa de Carvalho, grau de cavaleiro (‘distinction honorifique dans l’ordre grand-ducal de la Couronne de chêne’) distinção que recebeu das mãos da pela Ministra da Cultura, Sam Tanson.
Na altura, justificou-se a atribuição da condecoração pelo facto de ter sido uma pessoa que ao longo dos últimos 20 anos tinha “contribuído para o desenvolvimento e a divulgação da cultura luxemburguesa, assim como do projecto europeu”.
“Lembrou-se também que Mili tinha participado na criação do primeiro jornal e da primeira rádio em língua portuguesa. Assinalou-se ainda o seu trabalho enquanto administradora da Abadia de Neumunster, um dos mais relevantes polos culturais do país com quem a Embaixada colabora assiduamente“, refere a Embaixada de Portugal no Luxemburgo, em comunicado.

Quer através das suas múltiplas actividades culturais, quer cívicas, exercidas publicamente por via da intervenção em múltiplas associações portuguesas ou de palestras em diversas entidades, “nunca esqueceu as suas origens e sempre defendeu com coragem e racionalidade a Comunidade Portuguesa, de uma forma única e muito eficaz“, elogia a embaixada portuguesa, liderada pelo embaixador António Gamito.
“Registamos aqui uma frase que muito apreciamos: “a paixão naquilo que fazemos é, não só o motor da vida, mas sobretudo a essência da nossa existência”, termina o comunicado da Embaixada de Portugal, que parabeniza Mili Fernandes-Tasch.

Já anteriormente, Mili Tasch foi agraciada em nome do Presidente da República de Portugal com o Grau de Comendadora do Infante Dom Henrique (distinção que, na altura, recebeu das mãos de Jaime Gama, nas instalações do Instituto Camões).
“São duas divisas que, finalmente, são marca da minha vida. O talento, ou o gosto, de fazer bem aquilo que nos move e prosseguir a linha traçada e continuar a ser aquilo que somos – as nossas origens, as nossa raízes – mantendo essa riqueza de sermos um e muitos ao mesmo tempo no respeito da diversidade que cimenta a união dos povos“, disse, ao LUX24, Mili Fernandes-Tasch.
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