

O Ministro da Economia do Luxemburgo, Franz Fayot, apelou hoje a “esforço de todos” para ultrapassar a crise criada pelo surto do coronavírus Covid-19 no país, lamentando contudo que “nem todas as empresas” conseguirão ser salvas.
Em conferência de imprensa esta tarde, Franz Fayot frisou que o impacto desta crise sanitária “vai ser violento, brutal” na economia nacional e que, por isso, vai será necessária ajuda, com planos a nível nacional e da União Europeia.
“Poderemos não ser capazes de ajudar todas as empresas, mas faremos o nosso melhor”, garantiu.
O ministro da Economia deixou a garantia de que as finanças públicas do país “estão sãs” são boas e que garante a capacidade de resposta do Estado nesta altura de crise, mas que não será possível acudir todas as pessoas.
O Estado anunciou ainda novas medidas de reforço ao apoio dado às empresas.
O ministro da tutela anunciou que o Estado vai apoiar financeiramente cada empresa com um montante máximo de 800 mil euros, sendo que será analisado caso a caso.
Franz Fayot disse ainda que mecanismo de desemprego parcial (lay-off) é um dos instrumentos utilizados para ajudar as empresas, como cafés, restaurantes, bares, lojas e obras que foram obrigadas a parar.
A partir de agora, o pedido de desemprego parcial deverá ser feito pelas empresas à ADEM e não ao Comité de Conjuntura, anunciou Fayot.
Segundo o ministro, todas essas empresas são elegíveis para poderem beneficiar do recurso ao desemprego parcial, sendo que o Estado pagará 80% dos salários dos trabalhadores forçados a parar.
– “O Governo lançará um pacote de medidas para revitalizar a economia do Luxemburgo. Vamos integrar medidas existentes e novas medidas que são apoiadas por todo o Governo. Nosso plano de estabilização não se limita a uma área específica” – Franz Fayot.
– “Todos terão que se esforçar diante dessa crise excepcional e os bancos terão que desempenhar seu papel, as discussões sobre os termos dessa ajuda estão em andamento”, Franz Fayot.
– “Sobre os impostos e as contribuições para a Segurança Social, as empresas vão beneficiar de adiamentos desses pagamentos previstos. Poderemos acordar esses adiamentos para as pequenas e médias empresas para evitar problemas de liquidez. Estamos num período excepcional e os credores privados também devem mostrar uma certa tolerância”.
Sobre os sectores considerados essenciais e que não podem parar, o ministro defendeu junto dos outros países da União Europeia, que é preciso “preservar a livre circulação de mercadorias e pessoas”.
“Metade da nossa mão de obra vem do estrangeiro, é preciso garantir que possam trabalhar”, sublinhou Franz Fayot.
Com o país quase parado, o ministro da Economia apelou a que “quem possa, fique em casa” e não esqueceu os “heróis do nosso quotidiano”.
“É necessário que outros trabalhem, como na saúde, supermercados, autocarros, polícias e muitos outros. Estes são todos os heróis do nosso quotidiano porque vão trabalhar para que os outros possam ficar em casa”, elogiou o ministro.
As declarações do ministro foram feitas esta tarde em conferência de imprensa.
Recorde-se que o ministro da Economia está em quarentena desde o passado dia 12, após ter tido conhecimento de que tinha estado em contacto com uma pessoa infectada pelo vírus.
O Luxemburgo regista actualmente 484 casos de infecção por Covid-19, dos quais já resultados 5 mortos. Há ainda 21 pessoas hospitalizadas (quatro das quais em estado crítico).
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